Fittipaldi, 40.

Há 40 anos, completados nesta segunda-feira 10.09.2012, Emerson Fittipaldi comemorava aquele que foi o primeiro título mundial brasileiro na categoria máxima do automobilismo – a Fórmula 1.

Num campeonato e disputado entre o brasileiro da Lotus preta, Jackye Stewart da Tyrrel e Denny Hulme da McLaren, Emerson sagrou-se campeão com duas provas de antecedência, ao vencer o Grande Prêmio da Italia, nas longas retas de Monza.

Parabéns ao Rato, pelos 40 anos desta conquista, o primeiro dos oito títulos mundiais conquistados por pilotos brasileiros na Fórmula 1.

De Carona (10)

E como neste final de semana temos corrida de novo, no velocíssimo circuito italiano de Monza, nos arredores de Milão, hoje nós vamos de carona com Fernando Alonso.

Repare nos imensos trechos de velocidade extrema, com o motor no limite. O piloto chega a ficar mais de 70% do tempo com o pé cravado no acelerador.

Veja também o imenso poder dos freios. Ao final da reta de chegada, muito acima dos 350km/h, depois da placa de 100m, para então cortornar a primeira variante a gentis 70km/h. Imagine só a força da desaceleração.

Pancadas (3)

Primeira volta do Grande Prêmio da Italia de 1990. Senna larga na frente, seguido por Berger e Alesi. Fechando o primeiro giro, os carros passam voando pela curva Parabólica, e entram a mais de 300km/h na longa reta de chegada.

No contorno desta veloz curva a Lotus amarela de Dereck Warwick perde a trajetória, aponta para fora da pista e o acidente é impressionante. Mais assustador ainda é que o piloto saia andando do carro.

Semanas depois Martin Donelly, seu companheiro de equipe sofre um terrível acidente em Jerez de La Frontera, quase perdendo a vida. Senna e Warwick haviam conversado na véspera, e o brasileiro pedira a Dereck para não correr, pois seu carro não era seguro.

Pancadas (1)

Auto explicativo, grandes pancadas da história da Fórmula 1 nesta sessão. E pra começar uma que eu assistia na TV, então com 10 anos, envolvendo um brasileiro – Christian Fittipaldi, perseguindo seu companheiro de equipe, o italiano Pierluigi Martini, ambos da Minardi, na última volta do Grande Prêmio da Italia de 1993.

O brasileiro entrou colado em Martini, e tentou a ultrapassagem na reta de chegada. O que acontece na sequência deixou todos boquiabertos.

Engraçada é a narração da lenda – Murray Walker, que se espanta com a magnitude do ocorrido.

Monza: Vitória de Vettel, com autoridade de bicampeão.

O alemão Sebastian Vettel venceu o Grande Prêmio da Italia, disputado neste domingo em Monza. Contrariando o que muitos, inclusive eu, apostavam, a Red Bull de Sebastian não enfrentou maior oposição para conquistar a vitória, tendo verdadeiramente trabalhado duro apenas para reconquistar a ponta perdida para Alonso na largada. De resto, tratou-se de um passeio no parque.

Vettel acumula mais de 100 pontos sobre o segundo colocado na tabela e pode ficar em casa por 4 corridas, que ainda voltará líder da tabela. Acabou.

A despeito do domínio esmagador de Vettel, mais atrás uma corrida muito animada aconteceu, com destaque para Button, Schumacher, Alguersuari e Bruno Senna.

Sebastian pode sagrar-se campeão por antecipação já na próxima etapa, em Cingapura. Se isso não acontecer, pouca gente aposta que a definição matemática do título escape de ocorrer em Suzuka, no Japão.

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1. Vettel: largou na pole, e viu Alonso lhe tomar a liderança antes da primeira curva. Com a entrada do safety car, esperou pela relargada e deu o bote no espanhol numa linda ultrapassagem, por fora, na curva Di Lesmo. Impressionante. Mostrou uma fome de vencer incompatível com a larga vantagem de pontos que ostenta na tabela. Perfeito.

2. Button: sua inteligência e sensibilidade com o carro destoam, e assim, apesar de vir se classificando para o grid abaixo do companheiro Hamilton, em corridas faz a diferença e tem chegado sistematicamente à frente.

3. Alonso: pilotando o pouco inspirado modelo de 2011 da Ferrari tem tirado mais do que o carro tem para lhe dar. A disparidade de desempenho com Massa só engrandece suas qualidades.

4. Hamilton: sofreu horrores para ultrapassar Schumacher, penando muito para conseguir deixar o heptacampeão para trás, que com um carro muito veloz em retas lhe vendeu caríssimo a posição.

5. Schumacher: em duas corridas seguidas mostrou toda a sua velha classe. Com um carro vencedor poderia brigar pelas vitórias. É um prazer vê-lo pilotar, aproveitemos.

6. Massa: outro domingo discreto, mais uma vez lutando para manter um ritmo decente em corridas. Está claramente desmotivado.

7. Alguersuari: largando do fundo do grid, levou seu carro a um honroso sétimo posto. Tem feito boas exibições, e pode estar colocando o colega Buemi na berlinda.

8. Di Resta: em seu ano de estréia vem deixando a marca de piloto consistente e que merece um lugar na Fórmula 1. Tem, entretanto, de fazer mais. Apenas estar na Fórmula 1 não resolve a médio e longo prazo.

9. Senna: para não repetir os erros de Spa foi cauteloso na largada. Contou também com a sorte, escapando do acidente causado por Liuzzi na largada. Depois fez uma corrida correta e buscou seus primeiros pontos na Fórmula 1. Boa exibição.

10. Buemi: é mediano, mas é mais mediano que Alguersuari, seu colega, atrás de quem tem chegado repetidas vezes.

12. Barrichello: deveria preparar sua festa de despedida, pois está sem contrato para 2012, e tem uma carreira bonita para se orgulhar. Repetir a humilhação em praça pública do final de 2008 não é a maneira mais honrosa de encerrar sua passagem pela Fórmula 1.