Batalhas e Ultrapassagens (3)

Esta batalha envolveu dois trapalhões muito velozes. De um lado Nigel Mansell, do outro Gerhard Berger. Ferrari e McLaren, respectivamente, que em 1990 disputavam ponto a ponto, volta a volta, a supremacia. Os dois eram coadjuvantes em seus times, onde as estrelas Alain Prost e Ayrton Senna protagonizavam a briga no campeonato de pilotos.

Quando a Fórmula 1 chegou ao México, em meados daquele ano, a Ferrari esboçava uma reação na temporada, com um carro refinadíssimo, pilotado por Prost no melhor de sua forma. A McLaren, com um chassi menos inspirado, valia-se da potência do motor Honda V-10, que nas longas retas do circuito mexicano equilibrava o jogo.

Senna liderou boa parte da corrida, mas cedeu a ponta para Prost e o segundo posto para Mansell, vítima de um pneu que perdia pressão. O brasileiro tentou levar na manha até o final, não parando para a troca do pneu defeituoso. Não deu certo, e o pneu se desfez.

Com Senna fora do páreo, o caminho da vitória ficou livre para Prost. Mais atrás Mansell via Gerhard Berger crescer em seus retrovisores e os dois protagonizaram uma forte batalha nas voltas finais da corrida.

Berger colou em Mansell, e no final da longa jogou-se por dentro, roubando o segundo posto do inglês e sua Ferrari. Mas Nigel não desistiu, e seguiu na cola da McLaren, andando colado em sua caixa de câmbio, quando então, na penúltima volta, por fora, na Peraltada, então a curva mais veloz do mundo, a 270km/h o carro vermelho ultrapassa um incrédulo Berger por fora.

Uma manobra veloz, arrojada e de muita coragem.

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